Verão Otaku – Dia 2 (Rayearth, Pacific Rim)

Teve chuva, teve apagão, teve Rayearth e teve Pacific Rim.

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(Confira aqui o Dia 1, o Dia 3 e o Dia 4)

Meu segundo dia de Verão Otaku foi dedicado à nostalgia. Eu assisti ao “filme” de Guerreiras Mágicas de Rayearth (creditado apenas como Rayearth) e ao já clássico Pacific Rim (ou Círculo de Fogo). Também foi exibida a continuação Pacific Rim 2, mas eu prefiro o outro tipo de masoquismo, então não. Além de Guillermo Del Toro não fazer parte do projeto, a sequência ainda é protagonizada por John Boyega… Eu não tenho nada contra esse homem, pessoalmente falando. É só a cara dele, que me faz pensar no dinheiro mal gasto num ingresso de cinema no final de 2015, quando me forcei a ver a franquia de George Lucas e dormi durante a sessão inteira. Agora vamos falar de coisa boa?

 

Rayearth

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Como aconteceu no primeiro dia de Verão Otaku, quando os 6 OVAs de Gunbuster foram editados levemente para serem reproduzidos como um filme, os 3 OVAs das Guerreiras Mágicas também receberam esse cuidado. Aqui, porém, a coisa ficou estruturalmente confusa. Afinal, enquanto cada OVA de Gunbuster dura em média 25 a 30 minutos, cada OVA de Rayearth dura 45. Isso equivale a dizer que Gunbuster nasceu como uma minissérie, algo como um anime de “meio-cour“. Recortar e colar episódios funciona bem nesse caso, pois eles são de fato episódios. Já em Rayearth, cada OVA opera como um minifilme, portanto além da longa duração quando editados numa peça só (2 horas e 15 minutos), há ainda uma certa ruptura de fluidez narrativa: você tem três introduções de conflito, três preparações para batalha, três momentos de clímax em batalha final. O “filme” acabou ficando redundante em alguns momentos, e de ritmo extenuante em outros.

Apesar de não ser um grande manjador de CLAMP, que dirá de Rayearth, pude notar grandes diferenças no filme em comparação à série de TV. Originalmente, Guerreiras Mágicas era um isekai, que começava com uma excursão escolar na Torre de Tokyo. Há também fortes elementos de mahou shoujo e de mecha. Nos OVAs, contudo, o quesito mahou shoujo, pelo menos nos moldes tradicionais, é riscado do roteiro, deixando a coisa com uma carinha de tokusatsu. Monstros gigantes invadem o mundo, as meninas ganham poderes e pilotam cada uma seu próprio megazord, que se combina num megazord gigante final. O isekai também é invertido: o outro mundo vem até as meninas.

 

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No megazord, elas pilotam nuas. É claro que elas pilotam nuas. Por quê elas NÃO pilotariam nuas? Elas só poderiam pilotar nuas.

 

E já que falei que elas ganham poderes, sim, o filme modifica a história original substancialmente. Eventos são trocados, personalidades e relações entre personagens são repaginados, e tudo com envolvimento da CLAMP. Quase uma fanfic oficial, eu diria. Mas o resultado não ficou ruim, e vale lembrar que esse tipo de tomada alternativa era comum na virada dos anos 90 para os 2000. O filme de Escaflowne, por exemplo, muda tanto o enredo que até mesmo o ar high fantasy da série dá lugar a um clima mais sério e sombrio. Lembro de uma filme de InuYasha que fazia algo parecido, além de um infame OVA de Yu Yu Hakusho.

Rayearth vale a assistida, mas o faça em sessões episódicas, nada de colar um no outro, hein? Por último, digo que o clima da sala estava divertido: todo mundo curtindo uma nostalgia, mas sem gritar e fazer festa. Mesmo quando caiu a energia por alguns minutos por causa da chuva, o cinema caiu na risada com a quebra de expectativa, já que a luta final começaria naquele exato momento.

 

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Em seguida, tivemos Pacific Rim. Como já comentei anteriormente sobre o longa, não pretendo me repetir. É um filmaço, que fica incrível na telona e que sempre vale a pena rever. É uma declaração de amor ao gêneros mecha, tokusatsu, sci-fi… Evite a sequência, como eu, e seja feliz.

Sábado (26/01) é dia de Neon Genesis Evangelion… mas eu vou pular essa. Assistir 20 episódios num dia só é muita coisa. Sem contar que vi a série há pouco tempo. E por sinal, quando digo “20 episódios”, aparentemente alguns cortes serão feitos e episódios de retrospectiva não serão exibidos. O site do CCSP afirma que será dada prioridade aos “canônicos”. Será que a implicação é que os dois episódios finais ficarão de fora? Polêmicos demais? Experimentais demais? Hideaki Anno se reviraria no túmulo se estivesse morto. Já eu, volto domingo (27/01), pra conferir um Gundam inédito pra mim: 08th MS Team. Até lá!

3 comentários sobre “Verão Otaku – Dia 2 (Rayearth, Pacific Rim)

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